Palmeiras vai na contramão de "desmanches" de rivais. Isso tem explicação
Pedro Lopes
Do UOL, em São Paulo
Do UOL, em São Paulo
Cristaldo comemora após virar o placar para o Palmeiras contra o Fluminense
O Santos não conseguiu segurar Robinho; o Corinthians perdeu Guerrero, não renovou com Emerson e negociou Petros; o São Paulo negociou nesta quarta-feira o volante Souza, depois de vender Denilson e não renovar o emprestimo de Doria. O Palmeiras, enquanto isso, vai na contramão dos desmanches rivais: contratou 24 jogadores, tem um elenco grande e, embora fale-se em redução na Academia de Futebol, não tem facilitado saídas.
Para o ataque, por exemplo, Marcelo Oliveira terá em breve quatro centroavantes – seu esquema tático utiliza apenas um. A quantidade de jogadores do Palmeiras, inclusive, gera insatisfação entre conselheiros do clube; existem, entretanto, algumas explicações.
O presidente do clube, Paulo Nobre, emprestou mais de R$ 150 milhões ao Palmeiras. O dirigente explica que injetar recurso próprio é mais vantajoso ao Palmeiras, que evita de pagar juros altos de empréstimos bancários.
Nobre bancou as contratações, por exemplo, dos argentinos Cristaldo e Tobio. Eles estão entre os jogadores o mais despertam interesse de outros clubes: o primeiro tem sondagens do México, e o segundo uma proposta do Boca Junios, da Argentina.
O dinheiro de uma eventual venda dos dois argentinos não iria inteiro para o Palmeiras, e sim para um fundo destinado a pagar a divida de mais de R$ 100 milhões com o presidente Paulo Nobre. O alviverde só ficaria com um possível lucro que excedesse o que pagou – algo que pode nem acontecer. No caso de Cristaldo, o atacante vem fazendo gols (marcou nas últimas três partidas) e tendo seu nome gritado pela torcida no Allianz Parque.
Também houve sondagens por jogadores mais jovens, como Nathan e Leandro, mas eles não foram liberados. Marcelo Oliveira tem como uma das marcas trabalhar com jovens, e está tendo tempo para avaliar o elenco.
As chegadas de Leandro Almeida e Lucas Barrios vão encerrar de vez as contratações palmeirenses, e devem tornar algumas saídas inevitáveis. Ao contrário do que ocorreu com Tite e está ocorrendo com Juan Carlos Osorio, entretanto, Marcelo Oliveira não deve ter nenhuma surpresa com elas.
A receita gerada pelo Avanti
O time alviverde tem todos os salários em dia e, ainda assim, está em superávit no ano. É uma certeza que fecha o primeiro semestre com receita superior a R$ 150 milhões; a tendência, na verdade, é que o número ultrapasse os R$ 160 milhões. Isso significa que, se a segunda metade do ano repetir a primeira – com manutenção dos sócios do Avanti, média de publico e sem perda de patrocinadores – o ano terminaria com quebra da barreira dos R$ 300 milhões (número próximo da receita recorde do Corinthians campeão mundial em 2012).
As contas em dia dão alguma tranquilidade para que o departamento de futebol não precise tomar nenhuma decisão precipitada – alguns negócios aparentemente nem sempre são tão atraentes.
Fonte: http://esporte.uol.com.br/
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