Datena e Marcelo Rezende: uma combinação perfeita.
Por Helder Vendramini
Nos últimos dias foi ventilado na imprensa,inclusive aqui no Vicente News, uma informação dando conta de que José Luiz Datena e Marcelo Rezende, hoje concorrentes em seus respectivos noticiários mundo-cão (“Brasil Urgente”, da Band e “Cidade Alerta”, da Record), querem estar juntos em um novo projeto, que estaria sendo oferecido não às emissoras de seus idealizadores, mas a uma terceira: o SBT.
Não é de hoje que Datena e Rezende se digladiam por audiência no horário mais carniceiro da televisão, mas também não é de hoje que Datena reclama por ter que apresentar um programa nesses moldes.
Não é certo se as reclamações são reais ou apenas jogadas para manter o jornalístico na mídia, mas o fato é que o polivalente apresentador acabou rotulado por sua condução em programas desse estilo.
Se Datena se diz cansado, Rezende optou por outro caminho, fazendo de seu “Cidade Alerta” menos pesado e tenso e mais leve, com toques de humor.
Uma coisa é certa: quer estejam sérios, quer bem humorados, Datena e Rezende são dois dos melhores apresentadores do país. Irretocáveis no que fazem, embora apresentem atrações que não condigam com suas boas performances.
A capacidade de Datena de segurar um programa sem trazer absolutamente nenhum fato novo é louvável. O apresentador é capaz de falar sobre uma tampa de caneta (daquelas que ele adora usar no bolso) por duas, três, quatro horas sem ser chato e sem dispersar a audiência.
Rezende, em contrapartida, se não tem tal capacidade, é excelente em criar fatos novos, fazendo ligações entre assuntos diferentes e, muitas vezes, relacionando com seu vasto currículo de reportagens investigativas.
Uma junção de Datena e Rezende seria algo realmente bombástico. A fusão de duas cabeças que se complementam quando o assunto é a produção de um programa.
O formato escolhido também impõe respeito: uma releitura do “Perdidos na Noite”, um dos maiores sucessos da televisão brasileira, dirigido pelo excelente Goulart de Andrade e apresentado pelo até então repórter esportivo Fausto Silva.
“Perdidos” começou na TV Gazeta em 1984, foi para a Record no mesmo ano e chegou à Bandeirantes em 1986, onde permaneceu por dois anos até Faustão alçar voo para os domingos da TV Globo, concorrendo com Silvio Santos.
O relativo pouco tempo que permaneceu no ar dá uma mostra da força do programa, que marcou a história da televisão brasileira.
Seria interessante também ver Datena e Rezende apresentando outros formatos, algo que fazem bem, embora não tenham tido muitas oportunidades em suas carreiras.
Os dois, que protagonizaram uma das mais bizarras danças das cadeiras da televisão brasileira, quando Datena, então à frente do “Cidade Alerta”, saiu da Record para apresentar o “Datena: Repórter Cidadão” na RedeTV!. Mas a mudança durou pouco. Dias depois, o apresentador estava de volta à emissora da Barra Funda, deixando o programa, que obviamente passou a se chamar apenas “Repórter Cidadão”, sob o comando de Rezende.
Se vingar, o novo “Perdidos na Noite”, com o nome de “É Nóis na Fita, Mano”, tem tudo para ser uma das maiores novidades da tão carente televisão aberta brasileira na atualidade.
Não é de hoje que Datena e Rezende se digladiam por audiência no horário mais carniceiro da televisão, mas também não é de hoje que Datena reclama por ter que apresentar um programa nesses moldes.
Não é certo se as reclamações são reais ou apenas jogadas para manter o jornalístico na mídia, mas o fato é que o polivalente apresentador acabou rotulado por sua condução em programas desse estilo.
Se Datena se diz cansado, Rezende optou por outro caminho, fazendo de seu “Cidade Alerta” menos pesado e tenso e mais leve, com toques de humor.
Uma coisa é certa: quer estejam sérios, quer bem humorados, Datena e Rezende são dois dos melhores apresentadores do país. Irretocáveis no que fazem, embora apresentem atrações que não condigam com suas boas performances.
A capacidade de Datena de segurar um programa sem trazer absolutamente nenhum fato novo é louvável. O apresentador é capaz de falar sobre uma tampa de caneta (daquelas que ele adora usar no bolso) por duas, três, quatro horas sem ser chato e sem dispersar a audiência.
Rezende, em contrapartida, se não tem tal capacidade, é excelente em criar fatos novos, fazendo ligações entre assuntos diferentes e, muitas vezes, relacionando com seu vasto currículo de reportagens investigativas.
Uma junção de Datena e Rezende seria algo realmente bombástico. A fusão de duas cabeças que se complementam quando o assunto é a produção de um programa.
O formato escolhido também impõe respeito: uma releitura do “Perdidos na Noite”, um dos maiores sucessos da televisão brasileira, dirigido pelo excelente Goulart de Andrade e apresentado pelo até então repórter esportivo Fausto Silva.
“Perdidos” começou na TV Gazeta em 1984, foi para a Record no mesmo ano e chegou à Bandeirantes em 1986, onde permaneceu por dois anos até Faustão alçar voo para os domingos da TV Globo, concorrendo com Silvio Santos.
O relativo pouco tempo que permaneceu no ar dá uma mostra da força do programa, que marcou a história da televisão brasileira.
Seria interessante também ver Datena e Rezende apresentando outros formatos, algo que fazem bem, embora não tenham tido muitas oportunidades em suas carreiras.
Os dois, que protagonizaram uma das mais bizarras danças das cadeiras da televisão brasileira, quando Datena, então à frente do “Cidade Alerta”, saiu da Record para apresentar o “Datena: Repórter Cidadão” na RedeTV!. Mas a mudança durou pouco. Dias depois, o apresentador estava de volta à emissora da Barra Funda, deixando o programa, que obviamente passou a se chamar apenas “Repórter Cidadão”, sob o comando de Rezende.
Se vingar, o novo “Perdidos na Noite”, com o nome de “É Nóis na Fita, Mano”, tem tudo para ser uma das maiores novidades da tão carente televisão aberta brasileira na atualidade.
Fonte: http://natelinha.ne10.uol.com.br/
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